Sometimes when I look into you eyes I pretend you're mine, all the damn time...

Eu sempre tive (e tenho) problemas pra lidar com algumas coisas. De longe, a principal coisa que eu tenho mais dificuldade é: me afastar de pessoas que me fazem mal/bem ao mesmo tempo. Eu não pensava que isso pudesse ser possível, mas, eu juro que sim: É POSSÍVEL! 
Antes que isso fique mais confuso, vou explicar o meu ponto de vista: 
Eu separo as pessoas em alguns mega grupos de classificação. O primeiro deles é a diferenciação entre uma boa e uma má pessoa. Nessa mega grupo, a classificação é muito rápida e prática: pessoas más são aquelas que não tem os mesmos princípios e as mesmas crenças que eu tenho: pessoas que roubam, que matam, que semeiam o mal, que traem... Qualquer pessoa que não faça nada do que está listado ai em cima, se classifica automaticamente no grupo "boa pessoa". Com as pessoas que estão no grupo "mal", a tratativa é bem fácil: excluí-las da minha vida. Porta fechada!
Dentro de pessoas "boas", começam as sub-divisões: pessoas boas que as vezes pisam na bola, pessoas boas que as vezes não podemos contar/confiar, pessoas boas que as vezes não temos contato/intimidade... mas, não venham pensando que tudo é somente visto do lado negativo. Existem dentro desse grupo aquelas pessoas boas que nos suportam, que nos entendem, que nos ajudam a ser melhores, que nos inspiram... E é ai que mora o problema:
As vezes temos essas pessoas em tão boa conta com a gente que não enxergamos os pequenos "atos maus" que elas fazem. Parece que nossos olhos se blindam e simplesmente não querem enxergar que essas pessoas não são perfeitas, que elas também tem inseguranças, medos, falta de resoluções na vida.... É nesse momento que a expectativa fala mais alto e as decepções acontecem. 
Eu, intensa do jeito que sou, não sei sentir pela metade. Tudo eu sinto muito: muita alegria ou muita tristeza. Não existe o meio termo. Quando é pro bem, ótimo. A alegria transborda e saímos cantarolando pelos cantos. O problema é quando é pro mal. Quando a tristeza e o desespero batem e parece que nada vai dar certo nunca mais. Que nunca vai aparecer alguém legal que me transborde novamente. Quando a vida fica estranha e parece que falta um pedaço. As vezes, fingir que está tudo bem pesa. Dá vontade de sair correndo e desabafar com alguém, mas a gente segura. Segura. Segura. Segura. E segura de novo. A gente repete que a vida está completa e que nada nos falta. Que estamos sempre felizes. Que não existem dias ruins e que mais cedo ou mais tarde essa coisa ruim vai passar.
O problema é que ela passa e volta. O problema é que ela aparece quando as cicatrizes estão quase curadas. O problema é que ela anda no mesmo corredor e as vezes trombamos com ela sem querer. Sei que temos que aceitar nossa derrota e entender que tem coisas que não são para darem certo. O que me deixa mais brava são as pessoas brincando com os sentimentos alheios, como se não passássemos de um saco de papel inanimado, sem força de vontade, sem desejos, sem expectativas. TEMOS EXPECTATIVAS SIM! E, me desculpe, mas se você não pode, ou não quer atender à essas expectativas, vá embora. Vá embora sem olhar pra trás. Sem parar no corredor com sorrisos fofinhos como se isso fosse curar todos os males do mundo. Sem mandar mensagens de madrugada. Sem ligar no domingo a noite. Sem estacionar o carro na esquina de casa e me perguntar se eu tenho dois minutos. 
Não vejo a hora que a chavinha vire novamente e que toda essa nhaca passe. E, agora, finalmente, entendemos que não tem nada disso de voltar atrás. Acabou. Ok. Acabou. Se for pra voltar, que volte direito. Na verdade, mesmo que for direito, é melhor nem voltar. Fique longe mesmo. Já está mais do que muito provado que não temos nada a ver um com o outro e que nunca daríamos certo juntos....


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